Educação a Distância: para além dos caixas eletrônicos
Educação a Distância: para além dos caixas eletrônicos
Márcio Silveira Lemgruber Professor da Faculdade de Educação da UFJF
Talvez, para os mais velhos, educação a distância (EaD) possa trazer à memória os gibis com anúncios de cursos por correspondência. Essa foi a característica da primeira geração da EaD: a educação por correspondência, na qual os principais meios de comunicação eram guias de estudo impressos, com exercícios enviados pelo correio.
A partir dos anos 70, a segunda geração da EaD, ainda tendo como principal suporte o material impresso, passou a utilizar, cada vez mais, recursos como a televisão, fitas de áudio e vídeo, além da interação por telefone. Enquanto na Europa e nos EUA surgiam as primeiras Universidades Abertas, no Brasil, com base em artigo referente ao ensino supletivo na LDB (Lei no. 5.692/71), os programas de educação a distância eram classificados como “experimentais” e seu funcionamento era permitido a título precário.
Atualmente, vivemos a terceira geração, baseada em redes de conferência por computador e estações de trabalho multimídia, destacando-se as possibilidades oferecidas pelo acesso à internet. Para alguns, a educação a distância, com as tecnologias de informação e comunicação (TICs), é a panacéia dos problemas educacionais. Outros apresentam grande resistência, vendo-a como forma educacional inferior.
Para além dessas visões extremadas, tentarei esboçar um panorama da EaD no Brasil, apresentando dados atuais de sua expansão, aspectos da legislação em vigor e, a partir daí, trazer alguns pontos para discussão, tomando como foco a situação do docente.
http://portal.mec.gov.br/arquivos/conferencia/documentos/marcio_lemgruber.pdf